// . //  //  Conclusões do relatório do CDP e da Oliver Wyman

As empresas europeias estão a ficar aquém do desenvolvimento de planos credíveis de transição climática para se alinharem com um futuro 1,5°C positivo para a natureza, de acordo com a análise de empresas que representam cerca de 75% dos mercados bolsistas europeus publicada hoje pelo CDP, organização sem fins lucrativos, e pela consultora global Oliver Wyman.

Num sinal de que as empresas europeias estão a tomar consciência de que tais planos são mesmo necessários, o relatório Stepping up concluiu que cerca de metade (49%) revelam ter em vigor um plano de transição climática para limitar o aquecimento a 1,5°C.

No entanto, o mesmo estudo mostra que a maioria dos planos carecem de ambição e transparência em áreas-chave, tais como a governação, o planeamento financeiro, e o envolvimento na cadeia de valor.

Foco em portugal

  • 70% das empresas portuguesas no estudo afirman ter um plano de transição alinhado com 1,5ºC (vs. 50% da UE), embora apenas esteja avançado para 6%.
  • 1/3 das empresas portuguesas definiram objetivos para o scope 3 abaixo dos 2ºC, em linha com a média europeia.
  • As empresas portuguesas encontram-se acima da média europeia, no que diz respeito à integração de considerações climáticas nos indicadores de governança.
  • 93% das empresas portuguesas implementam iniciativas de redução de emissões, valor superior à média europeia.
  • 80% das empresas portuguesas oferecem produtos/serviços com baixas emissões.
  • Apenas ~1/4 das empresas europeias (1/3 das empresas portuguesas) são capazes de avaliar o alinhamento das suas despesas (OPEX e CAPEX) e receitas com o seu plano de transição a 1,5ºC.
  • 60% das empresas portuguesas colaboram com a sua cadeia de valor em questões climáticas e metade integra componentes climáticos em contratos com fornecedores
  • 73% das empresas europeias (57% das empresas portuguesas) referem colaborar com a sua cadeia de valor de forma holística (fases antes e depois da sua atividade) em questões climáticas.
  • O âmbito e a profundidade desse compromisso são muitas vezes limitados: 50% das empresas em Portugal integram componentes relacionadas com o clima nos contratos com fornecedores vs. um pouco mais de 1/3 das empresas europeias.